IOM Geneva: Greater efforts needed to tackle environmental migration beyond Copenhagen

18 Dec 2009

IOM Geneva: Greater efforts needed to tackle environmental migration beyond Copenhagen

Great efforts needed to tackle environmental migration beyond Copenhagen,

says IOM on International Migrants' Day

Geneva, 18 December 2009 – Greater efforts are needed beyond Copenhagen to tackle the complex issue of environmental and climate-induced migration, says the International Organization for Migration (IOM) as it marks International Migrants Day today.

As world leaders attend the final day of the UN's Climate Change Conference in the Danish capital to consider signing up to a global deal on climate change that may or not acknowledge its impact on migration and displacement, the reality is that climate change and environmental degradation are already triggering migration or displacement all over the planet. In particular, it is the world's poorest countries that are bearing the brunt.
Major gaps in knowledge and understanding exist on how best to deal with the many complex repercussions of environmental migration.
"No-one really knows just how many people are already migrating voluntarily or are forced to do so because of climate change or environmental degradation. What we now know is much of this migration is largely internal or cross-border and that it is a growing trend," says IOM Director General William Lacy Swing.
Growing migration pressures resulting from the effects of climate change add to the urgency of tacking existing challenges of migration management. "Ensuring effective protection of the human rights of all migrants, including environmental migrants, and provision of adequate assistance to vulnerable people on the move will continue to be one of the key priorities of IOM. Working together with our partner agencies in the Global Migration Group and beyond, we will also continue to work on reducing forced migration as much as possible, to ensure that when migration happens it is by choice," Mr. Swing added.
A recently published IOM report states that most migration already occurring as a result of environmental factors is internal. Several Asian countries, for example, are struggling to cope with the mass of rural-urban migration as recurrent floods destroy agricultural livelihoods and supplies and force people to move to over-stretched urban areas, with dramatic consequences for infrastructure, public services and health.
Slow-onset environmental degradation generates less attention than extreme climatic events such as floods and storms, yet globally 1.6 million people were affected by droughts between 1979 and 2008, more than double the number affected by storms, with Africa especially vulnerable.
Migration is already playing a significant role as a coping mechanism in these contexts. Mali, for example, is witness to internal migration from the country's north to its south and to regional migration towards coastal areas of West Africa as a spontaneous adaptation strategy to drought, alleviating stress on one fragile eco-system but transferring it to another.
While some National Adaptation Programmes of Action (NAPAs) produced by Least Developed Countries to adapt to climate change include references to migration, more can be done to strengthen the role of migration in the adaptation context.
"We all know that there is no single solution to the challenges of climate change. We need to use all the tools at our disposal, and migration is one of them. It has been recognized that migration can and does contribute to development in countries of origin and destination. Strengthening the link between migration and development and taking advantage of the benefits temporary and circular migration can bring to vulnerable communities needs to be part of the adaptation plans," Mr. Swing stated.
The potential scale of future movements will require international support for those countries most affected by internal and immediate cross-border environmental migration as less and least-developed countries will not have the capacity or resources to manage or respond to such flows.
"Financial support to address the migration-related consequences of environmental degradation and climate change must not be to the detriment of development assistance which has already been hit by the economic crisis. Support has to be additional if developing countries are to build their resilience to the humanitarian impact," Swing adds.
However, environmental migration will also be of increasing importance to the developed world, where policies to address the issue are conspicuous by their absence.
Citing future hotspots from several Asian, African, Central and Southern American countries with high emigration rates, significant socio-economic challenges and slow-onset climate-related disasters that impact on food security, a recently published IOM report argues the paucity of policies on environmental migration will mean the developed world will face equally difficult challenges in addressing the issue.
"Climate change, demographic trends and globalization all point to more migration in the future. This means that the well-being of even more people and communities will be subject to our ability to manage migration in a way that increases the benefits and opportunities and reduces suffering. The effects of climate change will be an increasingly important variable in this equation. We need to think ahead and plan for change; we need to come up with integrated solutions that link migration and climate change adaptation; and we need to be prepared to respond to the humanitarian challenges that climate change is already posing today," Mr. Swing concluded.

For additional information: Jean-Philippe Chauzy Tel: 41 22 717 9361 - Mobile: 41 79 285 4366, pchauzy@iom.int, Jemini Pandya Tel 41 22 717 9486-Mobile: 41 79 217 3374, jpandya@ iom.int

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NO DIA INTERNACIONAL DOS MIGRANTES, A OIM AFIRMA QUE E PRECISO EMPREENDER MALORES ESFORCOS A FIM DE ENCARAR A MIGRACAO POR FACTORES AMBIENTES PARA ALEM DE COPENHAGA

Genebra, 18 de Dezembro de 2009 – A Organização Internacional para as Migracões (OIM), ao comemorar hoje o Dia Internacional dos Migrantes, afirma que é necessário empreender maiores esforços, que possam ir além de Copenhaga, de modo a poder abordar a complexa questão das migrações propiciadas por questões climáticas ou relacionadas com o meio ambiente.
Enquanto os líderes mundiais assistem ao último dia da Conferência das Nacões Unidas sobre Alterações Climáticas na capital dinamarquesa, na qual se procura promover a assinatura de um acordo global sobre as alterações climáticas, que poderá reconhecer as repercussões sobre as migrações e as deslocações de pessoas, o certo é que tanto as alterações climáticas como a degradação do meio ambiente se encontram já na base de movimentos migratórios e deslocações em todo o mundo. Importa destacar que é nos países mais pobres que tal se verifica de forma mais clara.
Existem importantes lacunas quanto ao conhecimento e compreensão relativamente a como devem ser encaradas, de forma adequada, as diferentes e complexas repercussões das migrações resultantes de causas ambientais.
A esse respeito, o Director Geral da OIM, William Lacy Swing afirmou: "Ninguém sabe realmente quantas pessoas emigram já voluntariamente ou se vêem forçadas a fazê-lo com base nas alterações climáticas ou na degradação do meio ambiente. O que sabemos é que uma grande parte destes movimentos migratórios tem um carácter interno ou transfronteiriço, e que se trata de uma tendência que se encontra a atingir o seu pico".
As crescentes pressões migratórias decorrentes dos efeitos das alterações climáticas reforçam a urgência de se abordar os actuais desafios de gestão das migrações. Neste contexto, Swing reforçou que: "Uma das prioridades-chave da OIM continuará a ser a garantia da protecção efectiva dos direitos humanos de todos os migrantes, incluindo os migrantes por razões relacionadas com o meio ambiente, e a prestação de apoio adequado a pessoas deslocadas em situações de vulnerabilidade. Em colaboração com as instituições que compõem o Global Migration Group (GMG), entre outras, prosseguiremos com o nosso trabalho para que possamos reduzir o volume de migrações forçadas na medida do possível, e assegurar que os movimentos migratórios resultem de vontade expressa dos próprios migrantes.
Um recente estudo da OIM assinalou que uma grande parte das migrações decorrentes de factores ambientais tem um carácter interno.
Vários países asiáticos, por exemplo, estão a lutar para fazer frente a uma migração rural-urbana massiva, uma vez que as inundações recorrentes destroem os seus meios de sustento e produções agrícolas, obrigando as pessoas a deslocarem-se para as zonas urbanas sobrepovoadas, o que traz consequências dramáticas para as infra-estruturas, os serviços públicos e saúde.
Os desastres de lenta progressão, suscitam menos atenção do que os acontecimentos climáticos extremos como inundações e tempestades. Contudo, globalmente, cerca de 1,6 milhões de pessoas sofreram os efeitos das secas entre 1979 e 2008, ou seja, mais do dobro das pessoas afectadas por tempestades, sendo África o continente mais vulnerável.
Nestas situações, a migração desempenha já um importante papel enquanto mecanismo de resposta. No Mali, por exemplo, observa-se uma migração interna do Norte para o Sul do país e uma migração regional para as zonas costeiras da África Ocidental, como uma estratégia espontânea de adaptação à seca, aliviando, assim, as tensões que se exercem sobre um ecosistema frágil mas transferindo-as para outro.
Enquanto alguns Programas Nacionais de Acção para a Adaptação, estabelecidos pelos países menos desenvolvidos para fazerem frente às alterações climáticas, incluem referências à migração, ainda há muito por fazer para reforçar o papel da migração no contexto da adaptação. Swing declarou: "Já se sabe que não há uma solução única para os desafios colocados pelas alterações climáticas. Teremos que utilizar todas as ferramentas à nossa disposição e a migração é uma delas. Sabemos que a migração pode contribuir e, de facto, contribui para o desenvolvimento dos países de origem e de destino. Os planos de adaptação devem reforçar o vínculo entre a migração e o desenvolvimento, e maximizar os beneficios da migração temporária e circular a favor das comunidades vulneráveis".
A potencial dimensão dos futuros movimentos requererá o apoio internacional para os países mais afectados pelas migrações ambientais internas e fronteiriças, uma vez que os países pouco ou menos desenvolvidos não terão a capacidade nem os recursos para resolver ou responder a estes fluxos.
William L. Swing prosseguiu: "O apoio financeiro para encarar as repercussões da degradação ambiental e das alterações climáticas nas migrações não deve ser feito em detrimento da Ajuda ao Desenvolvimento que já sofreu os efeitos da crise económica. Esse apoio tem que ser complementar se os países em desenvolvimento querem reforçar a sua resistência às repercussões humanitárias".
Contudo, as migrações por razões ambientais terão, também, uma importância crescente no mundo desenvolvido, onde as políticas para encarar esta questão se destacam pela sua ausência.
Num boletim informativo publicado pela OIM – em que se citam futuros pontos nevrálgicos em vários países da Ásia, África, América Central e do Sul, com altas taxas de emigração, consideráveis desafios socioeconómicos e desastres climáticos de lenta progressão que se repercutem na segurança alimentar – argumenta-se que a falta de políticas para as migrações por razões ambientais significará que o mundo desenvolvido terá que enfrentar desafios igualmente difíceis no momento de encarar esta questão.

Para concluir Swing afirmou: "As alterações climáticas, as tendências demográficas e a globalização apontam para um maior número de movimentos migratórios no futuro. Isto significa que o bem-estar de um número ainda maior de pessoas e comunidades estará sujeito à nossa capacidade de gerir a migração de maneira a aumentar os benefícios e oportunidades e reduzir o sofrimento. Os efeitos das alterações climáticas serão uma variável cada vez mais importante nesta equação. Temos que prever e planificar esta mudança, temos que encontrar soluções integradas que relacionem a migração e a adaptação à alteração climática e temos que estar preparados para responder aos desafios humanitários que a alteração climática já está a levantar".

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